O Município

Moreno

Matriz de N.S. Conceição

As belezas naturais e as paisagens dos canaviais são o grande destaque do município do Moreno. Localizado na zona oeste da Região Metropolitana do Recife, a apenas 28 km da capital, e possuindo 196 km² de área territorial, o município do Moreno é atravessado pelas rodovias BR 232 e PE 07, possuindo assim fácil comunicação com a capital e com o interior.

Casa-grande do Engenho Morenos

Sua história tem início ainda no primeiro século de colonização (século XVI), com a instalação dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar. Entre esses engenhos, destaque para o Engenho Morenos, pertencente a Baltazar Gonsalves Moreno que deu nome ao município. Sua casa-grande foi celebrizada ao receber a visita do Imperador D.Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina, no dia 18 de dezembro de 1859. O engenho conserva até hoje a mobília e a disposição dos móveis usados naquela ocasião.

Engenho Pocinho

Outros engenhos também se destacam, pois o município chegou a possuir mais de 40. Destaque para o Engenho Novo da Conceição, construído em 1845 e pertencente à tradicional família Souza Leão, que possui uma das mais belas e preservadas casas de engenho do estado. Já o Engenho Javunda possui uma bela casa-grande em dois pavimentos, sustentadas por arcadas e por colunas de ferro.

Engenho Gurjaú de Cima

Mas o engenho mais antigo da região é o Engenho Gurjaú de Cima. Construído no final do século XVII, sua casa-grande é uma das mais antigas do Estado de Pernambuco ainda existente. Ao lado da casa-grande, ainda persistem as ruínas da Capela do engenho dedicada à São Miguel. Também muito antiga é a capela do Engenho São Braz, datada do século XVIII.

Casa-grande do Engenho Javunda

Merecem ainda ser citados os engenhos Carnijó, Floresta, Gurjaú de Baixo, Pintos, Catende, Jussara e Jaboatão que ainda conservam suas casas-grandes. Os engenhos Una e Pocinho ainda preservam suas capelas votivas, enquanto o Engenho Pereiras mantém uma senzala original. Destaque para o Engenho Seva, que além da casa-grande, conserva em sua fábrica uma moenda e roda d'água primitivas.

Roda D'água do Engenho Seva

As belezas naturais do município estão representadas por suas áreas de proteção ambiental, destacando-se as reservas de Mata Atlântica de Caraúna, Gurjaú, Cumarú, Moreninho e Cotovelo, de âmbito estadual. Possui ainda a reserva municipal Jardins de Moreno, mais conhecida como Mata da Onça, e a RPPN de Carnijó. Destaque também para as cachoeiras dos engenhos Brejo e Seva, cercadas pela Mata Atlântica, e a Gruta da Pedra Pelada, ponto mais alto do município.

Cachoeira do Engenho Seva

Na cidade, destaque para a Vila Operária do Cotonifício Moreno. Construído em 1910, para operários da fábrica de tecidos do Société Cotonnière (razão de ser da Cidade do Moreno à época), é a vila operária mais conservada do estado. Também são importantes o prédio da Estação Ferroviária (1885), o Mercado Público Municipal (1922) e a Matriz de N.S. Conceição (1930) localizados todos na cidade.

Mercado Público Municipal

As festas de maior importância em Moreno são a festa da padroeira (N.S. da Conceição), em dezembro; o carnaval fora de época "Moreneta", em setembro; e as festas de carnaval e de São João. Enriquecem as festas tradicionais da cidade o parque de diversões, os barracões com comidas e bebidas típicas, e as apresentações de grupos culturais. Já o artesanato local são destaque as peças de rendas, bordados, tapeçarias, e o artesanato em madeira feito por diversos artistas do município.

Matriz da Conceição

Na culinária são importantes em Moreno os produtos oriundos da mandioca, produzidos por casa de farinha tradicionais ainda em funcionamento, como as Casas de Farinha dos engenhos Mato-grosso, Cumarú e Pereiras. São produzidos beiju, goma, massa e farinha de mandioca. Outro destaque da culinária é o tradicional Bolo Souza Leão, oriundo dos engenhos do município, e que atualmente é considerado Patrimônio Imaterial do Estado. Também são tradicionais a cocada, o queijo com mel de engenho e o caldo de cana.

Casa de Farinha do Engenho Mato-grosso

Texto e Imagens: James Davidson